Thursday, January 15, 2015

Dia 132 - 16 Dezembro - Despedidas

Que noite tão atribulada... Havia de tudo! Relâmpagos a piscar tipo árvore de natal. Trovões que faziam lembrar mísseis e bombas de alguma guerra. E uma chuva tão intensa e "carnuda" que chegou a formar rios na rua em poucos minutos. Se parou pouco depois?! Qual quê?! O "barulho das luzes" durou a noite inteira!

Acordei diversas vezes desde que o sol nasceu. A chuva continua e o céu nublado parece querer ficar. Embora permanecesse deitada por mais algum tempo, estava acordada a ouvir movimento lá fora. Quando me levantei vim dar uma espreitadela à janela da sala. Reparei que alguns vasos estavam caídos e abri a janela para os endireitar... Senti-me no meio de uma tempestade momentânea! Está uma ventania que só visto! Voo-me o cabelo e cheguei a sentir-me a cerrar os olhos! Tive que fechar a janela e abrir por cada vaso que endireitava, com receio de partir alguma coisa cá dentro.

 

Bem, o pequeno-almoço estava na mesa à minha espera e eu pus-me a jeito para o usufruir.
A Gel anda nas limpezas. Pouco depois era altura de comprar algumas coisas para se tratar das refeições. Por isso, a Gel saiu. Parece-me ser uma boa rapariga. É novinha, simpática e, até agora, tem feito as coisas acertadamente.

Fiquei em casa hoje. Esteve nublado o dia todo, vento, ameaça de chuva... Não apetece sair nem tinha motivo para sair. Assim, ajudei a Gel a fazer o jantar. Ensinei alguns truques de cozinha... pffff... EU, a ensinar truques de cozinha... Parece anedótico... Mas foi real!
Por estar com ela na cozinha a conversa foi ajudando a passar o tempo. Até porque, em silêncio, o ambiente pode ficar constrangedor. Ela é curiosa. Vai perguntando coisas de vez em quando. A Gel tem vinte e duas primaveras, um filho de um verão e um marido muito ciumento e controlador. Aqui é normal os homens serem assim... Mas ela está com ele porque gosta realmente dele.

Embora estivesse a preparar o jantar, este passou a ser o nosso almoço do dia seguinte já que à noite fomos jantar a casa de uns amigos. Eles vão passar a época festiva a Portugal... quero ir... Foi, por isso, um jantar de despedida. Comemos uns camarões gigantormes como entrada e peru assado no forno com batatas fritas. Tudo feito por homens! E tudo muito bom! Tenho a dizer que bem podem repetir!
A entrada no prédio deles é que foi um filme... Sabíamos qual era o prédio, tem elevador e tudo. Mas... as campainhas não tocam e os elevadores não andam se não tiveres uma chave! Resumindo, tivemos de ligar para nos virem buscar. Mas como o telemóvel também estava a dar problemas, ficámos ali em baixo ainda algum tempo. O que me deu tempo para observar a guerra que ali vai... Ora, esta é a porta do elevador que funciona. O outro diz que está avariado.


Mete medo, não mete?! E depois vi as caixas do correio...


E quando viemos embora, foi a mesma tortura... Pior! Dentro do elevador, se olhares para o tecto, tem uma janelinha de onde vês o buraco do elevador e todos os andares a passar!!! Creepy!


Mais, lá dentro tem o seguinte aviso:


"Sob risco de paraliZação ou QUEDA..."?!?!?! Medo...

Na rua está frio, vento e pinga de vez em quando. Já chegámos tarde e a más horas, estoirados e desejando cair na cama! São muitas aventuras em tão pouco tempo...

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