Friday, November 28, 2014

Dia 95 - 9 Novembro - Macaneta II

Acordámos bem cedo. Queríamos aproveitar ao máximo!
Tomámos o pequeno almoço em casa. As cozinhas estão equipadas com fogão de campismo eléctrico, fervedor, microondas, mini frigorífico, lava-loiças e toda a loiça necessária. Depois de tudo pronto, calçámos os chinelos, pegámos nas toalhas e colocámos os óculos escuros! Praia de Julho em Novembro, aqui vamos nós!!!

A areia queima de tão quente que está. Em dois minutos até estender a toalha já transpirávamos! Claro que fomos logo à água. Ao início ainda achei fria mas era por estar mesmo muito quente. Depois... bem, depois não queria sair dali nem por nada! A água devia estar a uns 25º. Um verdadeiro caldo. Vimos algumas alforrecas mas estavam mais para o fundo. E não tivemos nenhum encontro imediato de 1º grau.
Voltámos para a areia algum tempo depois mas a vontade era de estar sempre dentro de água. Mas, para não ficarmos com os dedos enrugados dentro de água, fomos alguns minutos para a areia. Só até secar, ou seja, 10 minutos. Mas nesses poucos momentos em que estávamos deitados na areia não estávamos sós. Conseguem ver a nossa companhia na areia?



Eram caranguejos!!! Na primeira fotografia era um caranguejo um pouco maior. Estávamos mais em cima, onde estava mesmo muito calor. O coitado queria ir ter à água. Mas estava com medo de nós e não saía dali. Fui buscar um pouco de água, com as mãos em concha, e despejei para o ninho dele. Não se afogou. Ele voltou a aparecer depois. Mas não é como um cão... Como o medo persiste pegámos nas nossas coisas e descemos um pouco para estarmos mais perto da água. A vontade é mesmo estender as toalhas dentro de água!
Na segunda fotografia é já o outro caranguejo. Este é um pouco mais pequeno e parecia estar a brincar ao "toca e foge"! Saía do buraco e não parava, voltava logo para trás. Tive de ficar "sugadita", com o dedo no botão pronto a disparar!

Das muitas vezes que fomos à água, e por lá ficávamos, o JG chamou a minha atenção. Na areia, uns metros à nossa frente, do lado direito de onde estávamos, conseguimos ver um tornado a formar-se e a desaparecer! Estava perto das dunas, começou a subir a partir da areia e a levar as coisas mais leves que ali estavam à volta. Tinha a grossura de uma estrada, de duas vias, com dois sentidos, a altura de 4 ou 5 andares e manteve-se activo por 1 minuto ou 2. Nunca tinha visto ao vivo! Nunca cheguei a sentir medo... durou pouco tempo e via-se que era fraquinho... mas que percebo eu disso?! Devia ter sentido medo! Adrenalina sei que senti.

Só saímos da praia por já existir alguma fome e começar a levantar-se algum vento. Porque pelo calor ficávamos muito mais tempo. Da praia à cubata passamos pelo restaurante e pedimos logo o almoço para daí a meia hora. A mesa é reservada e vamos tomar um duche para não servirmos de tempero à salada. É aqui que nos damos conta do quanto o sol está forte! Sentimo-nos índios (peles vermelhas) e tornamo-nos em pessoas muito sensíveis ao toque... O duche torna-se uma tortura porque a água sai em 3 jactos, cada um para seu lado. Claro que depende das cubatas, mas na nossa o duche está cheio de calcário e os jactos parecem agulhas!

Após a tortura fomos almoçar. Desta vez comemos caril de galinha e um pudim flan de sobremesa. Soube mesmo bem.













Voltámos a casa só para descansar uns minutinhos e deixar passar o calorão maior e resolvemos ir dar uma volta para conhecer os restantes resorts da Macaneta. Foi quando íamos a sair que olhei para o lado e o meu coração disparou!
- Olha, um macac... ah, esquece, é um gato!
Queria tanto ter apanhado um para tirar uma fotografia...

O passeio só pode ser feito de carro porque a pé nunca mais lá chegávamos. À saída do nosso reparámos, mais uma vez nas cabanas de palha que ali existem. São, claro, dos habitantes dali. São cabanas rectangulares, com dois metros quadrados cada uma. São de canas e de palha, atadas com folhas verdes "comprilíneas". Fazem lembrar a história dos "Três Porquinhos"...

Esta casa encontrámos perto de uma duna. Por trás está o mar e parámos o carro para dar uma espreitadela.


A caminho encontrámos este bicharoco estranho. Tem cerca de 2 a 3 cm de comprimento.


Como podem ver, a maior parte do caminho na Macaneta, é assim! Quando não é assim, é terra batida. O restante é só para 4x4! E, sim, tem mesmo essa indicação: só 4x4!


Adorei esta casinha. 'Tá um MUST!


Esta planta está louquíssima!


Aqui estávamos num dos outros resorts mais badalados. Tem mais animação, é mais movimentado... mas para chegar à praia vais de carro ou levas demasiado tempo a pé. Sou do Algarve, gente... sair de casa e pôr o pé na praia, para mim, é uma prioridade e qualidade de vida! Tem piscina... mas água verde é que dispenso. É muito fácil apanhar otites e outras coisas mais. No entanto, não se pode negar que tem uma decoração engraçada.



Mas depois a praia... é isto! Do outro lado estava uma "manada" de gente e não quis tirar fotografia daí. O lixo que ia lá ficar também não seria boa coisa de se ver. É pouco areal, muito caminho para andar em areia que nos enterra até aos joelhos e sujidade.


A natureza é que me impressiona pela verdadeira beleza.


Já a caminho de volta, para o nosso resort, vimos umas vaquinhas na estrada. Tivemos de parar e buzinar. Como podem ver, até as vaquinhas passam fome...



O caminho é macio em terra solta mas muito bera em terra batida. Os saltos que damos dentro do carro por causa dos buracos ou dos tremores é mesmo uma coisa impressionante. Vou sempre de coração nas mãos com medo de bater com a cabeça no tecto. Sinto-me uma bolinha da sorte... daquelas que andam à roda... como as numeradas, do Euromilhões!


A nossa sorte... temos um "Macaneta Shopping Center" perto do nosso resort!!!


O tempo está a mudar...


Sem dúvida que o nosso resort é o melhor! Só não tem tanta gente - o que pode ser uma vantagem - nem tanta atracção e divertimento.

O jantar foi frango assado com um vinho verde sul africano bem fresquinho. Soube mesmo bem! Além do mais, havia mais gente e a coisa foi mais animada. A seguir fomos para a cartada! Até porque os mosquitos só nos deixam ficar na rua até certa altura porque começam a ferrar que nem vampiros!

Desta vez ganhámos nós 6-4! Tinha de ser um fim-de-semana equilibrado! Ainda mais um serão acompanhado de café em caneca - daquele batido à colher, só com uma gotinha de água a ferver, até mudar de cor - bolachas recheadas e moranguinhos frescos e doces... ffffssssnnhh até me babo!
Quando voltámos para a nossa cubata tínhamos recebido um SMS de um amigo de cá. Desafiava-nos para ir passar o dia seguinte à praia em Marracuene! Fartamo-nos de rir! Claro que lhe ligámos logo a dizer que já cá estávamos! Ele só teria de aparecer! E foi como ficou combinado.

A noite começou com ventos fortes, um ronronar de nuvens... depois começou a chuva forte e só acabou com a trovoada! Estava com uns apetites de ir a correr para a praia, mesmo à chuva, ver a tempestade no mar... Mas a liberdade aqui termina quando a tens como garantida. E uma pequena loucura engraçada, pode tornar-se numa desgraça sem piada nenhuma. Ou pode não acontecer nada, mas sabemos lá! Mais vale jogar pelo seguro aqui. Ainda chegámos a duvidar do excelente dia de praia para o dia seguinte...

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