Sunday, November 09, 2014

Dia 82 - 27 Outubro - Baptismo do Voluntariado!

Levantei-me cedo para ir para o terceiro dia de voluntariado. Quando cheguei ao café para me encontrar com o responsável (vamos dar-lhe um nome: o Makobo, por ser o nome da plataforma) ele estava lá mas não ia conseguir ir hoje. Mas como me disse que eu podia ir na mesma... fui!

O Makobo chamou o taxista, deu-me o saco com o material e lá fui eu! Estava já a subir as escadas quando comecei a sentir as pernas fracas, o coração a bater mais forte e a respirar com mais frequência... estava a caminhar para uma aventura e não sabia bem no que me estava a meter! Mas respirei fundo e arranjei forças para continuar a subir! Já vim até aqui, é só continuar em frente!
Era suposto estar lá a Gi, uma enfermeira que costuma acompanhar os miúdos. Quando entrei no refeitório estava um dos miúdos, que já me conhece, já todo sorridente a levantar-se na minha direcção. Então e a Gi? Depois de perguntar a algumas pessoas percebi que deveria ficar sozinha com os miúdos. Mas já não senti as pernas fracas... aqui já estava rodeada de crianças e mães, não posso fraquejar, nem vou pensar nisso. Tenho de ser o exemplo de robustez!

Fui para onde costumamos estar, pousei os sacos e fui, com o pequenote, buscar os bancos que estão numa sala lá ao fundo. Passo por diversos quartos com crianças deitadas, mães a tricotar sentadas ao lado das camas dos filhos. Vejo médicos e enfermeiros, alguns com máscaras nos rostos, mas só os distingo porque os médicos têm os estetoscópios ao pescoço.

Começámos por fazer puzzles que eles adoram


Mas foi pouco depois que chegou a enfermeira que costuma estar connosco, a Gi. Ela salvou o dia! Trouxe um saco cheio de areia, folhas, flores e raminhos. Uns tubos de cola, umas folhas A4 e uns lápis de cor... deu nestas maravilhas!








Quando cheguei ao Meia Tigela estava cansada. Não pelo trabalho em si, mas acho que está mais calor e trouxe o material todo sozinha. Por sermos menos pessoas também exigem mais de nós. Não é mais, mas o trabalho não é tão repartido. Mas compensa! Cada sorrisinho, cada minuto de atenção, cada abraço... vale tudo!

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