Thursday, December 25, 2014

Dia 118 - 2 Dezembro - Fruta Fresca

Estou naqueles dias em que não me apetece sair de casa.
Ando desanimada com o Mundo. Desiludida com as mentalidades das pessoas e os valores desvalorizados. Não falo só daqui, falo do que se passa pelo Mundo inteiro. Portugal a descer pelo cano... a podridão da política, a ganância para ter mais e mais quando, repartido, pode dar muito bem para todos. O desespero, as notícias constantes de desgraças e de frustrações. A miséria que aqui vejo para onde quer que olhe, e sei que existe em todo o lado do globo. O ódio e a raiva que pairam no ar. O desânimo e a falta de fé num futuro sorridente permite-nos sermos mais hostis. Mas de que nos serve isso?! E quando as coisas pioram, alguns viram-se para a fé religiosa, outros para pensamentos positivos e uma concentração espiritual. Mas todos temos momentos de fraqueza. E todos, sem excepção, precisamos de alguém que nos anime.

Ainda assim saí de casa. Fui ter com o JG para almoçarmos juntos. Fiz 2km para cada lado, a pé. Por um lado faz-me bem sair e andar bastante. Mas em dias como hoje, não tenho grande paciência para andar tipo salta-pocinhas pelos buracos abertos, as pequenas lagoas que se formam por canos estragados ou pelas pilhas de lixo que se acumula sem que alguém dê por isso. Mas forcei-me a isso e saí de casa.
- Amiga! Lichia?
É o que oiço agora por cada vez que passo por mulheres com alguidares na cabeça carregadinhos que nem árvores. Por muito farta que esteja de ser, constantemente, abordada na rua, a todos sorrio, digo que não e agradeço. Mas apetece-me fugir! Especialmente em dias assim.

Está calor e a caminhada piora em muito se começar a transpirar. Por isso, mantenho um ritmo contínuo. Procuro sempre as sombras. E faz-se bem. Atravessar as estradas já não é a mesma dor de cabeça. Há (quase) sempre alguém a fazer o mesmo e, por telepatia, eu agradeço. Quando não há pareço um farol... a minha cabeça anda à roda!


Em casa tenho a televisão ligada com séries sempre a dar, umas de comédias, outras mais dramáticas... é a minha companhia enquanto estou ao computador. Faço o meu horário e a minha rotina, o que não me faz muita confusão, para já. Vou fazendo os exercícios físicos para não ficar sempre parada, bebo água a toda a hora e como fruta fresca de vez em quando. Fruta desta...



Começo a ter hábitos mais saudáveis na minha alimentação. Não que não tivesse cuidado antes, mas com mais tempo é mais fácil controlar. Tenho água como quem tem um livro, todas as noites, na mesa de cabeceira. Na minha não há livro, há uma caneta e um bloco de notas... chego a acordar para escrever algo para desenvolver quando a inspiração falar mais alto. E isso deve acontecer quando bebo água... como neste anúncio!


À noite vimos o filme "Teenage Mutant Ninja Turtles". É dos filmes que chamo de "piau-piau" e que não me apetece ver, mas depois acabo por gostar! Afinal, nunca é só "piau-piau"! Além disso, são tartarugas... como as que sempre tive na minha infância!... Com um pouco menos de habilidades... as minhas... E quem - da minha geração - não se lembra da febre das Tartarugas Ninja?! Do Michelangelo, Leonardo, Raphael & Donatello?!



Nem sei como nunca baptizei uma das minhas tartarugas com estes nomes!!! Espera! Sei... eram quase todas fêmeas! A Nucha, por questões pessoais. A Moedinha de Ouro, por ser tão redondinha e amarelinha. E a Julieta, por ser o par romântico do Romeu... que nunca tive! AHAHAHAH Isto não faz sentido! Mas na minha cabeça fez... em tempos! Aos machos baptizei com nomes de outros animais. Tive o Fivel, um ratinho.


O Jeremias, não sei bem explicar o porquê do nome... O Tarik (Aziz), porque, quando chegou, andava a estudar para um teste de história e o nome era perfeito! E o Touchet, este era mesmo uma tartaruga!


Resumindo, tive mais machos que fêmeas! Ainda assim, nenhum deles foi uma tartaruga ninja nem um Romeu!

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