Eu já nem me reconheço quando penso nos meus primeiros dias a atravessar as ruas.
Vi uma senhora já velhota e corcunda, com receio e dificuldade em atravessar a estrada. Estendi-lhe a mão e disse:
- Anda, mãe! - Ela sorriu e deu-me a mão. Veio a balbuciar o caminho todo qualquer coisa que eu não entendia porque não era português e porque a senhora não tinha dentes. Nem sei o que seria mais difícil de entender... Mas sorri sempre. Estava a ajudá-la! Senti-me muito bem com isso! Por poder ajudar, por ter usado a oportunidade de ajudar alguém, por essa pessoa ter aceite a minha ajuda e por ter dado bom resultado!
Esta rua é, particularmente, difícil porque tem 6 faixas para atravessar. Tens dois sentidos no meio, cada um com duas faixas. Nas laterais existe mais uma faixa de cada lado que é para quem pretende virar nos cruzamentos, como podem verificar abaixo, numa fotografia com pouco movimento. Deve ter sido tirada num domingo porque, em dias normais, mal se vê a estrada!
Para novatos torna-se mesmo difícil atravessar! É como neste vídeo... não podia vir mais a propósito!
Já tenho olhos a toda a volta da cabeça. E tem mesmo de ser! Aqui, passadeiras são só mesmo as zebras que vivem na Savanah. Não há respeito pelos peões. Nem há respeito pelos restantes carros, quanto mais... Sentido único é só para alguns. E sinal vermelho só funciona se não tiveres pressa... mas aqui tens sempre pressa. Chapa e tchopela são como ambulâncias ou carros de bombeiros em emergência: têm sempre prioridade. Portanto, atravessar uma rua significa, mesmo, correr risco de vida! Chegámos ao passeio, do outro lado e eu disse, com um sorriso:
- Já 'tá! - E a senhora, sorriu com mais que os dentes que tinha na boca (o que não era difícil).
- Ya, tatá!
Aqui percebi que ela pensou que eu estivesse a falar changana e tive pena de não o ter dito na verdade (porque não é meu hábito, porque nem me lembrei), mas sorri como se fosse, pois sabia o que queria dizer. "Tatá" significa "adeus".
Vi uma senhora já velhota e corcunda, com receio e dificuldade em atravessar a estrada. Estendi-lhe a mão e disse:
- Anda, mãe! - Ela sorriu e deu-me a mão. Veio a balbuciar o caminho todo qualquer coisa que eu não entendia porque não era português e porque a senhora não tinha dentes. Nem sei o que seria mais difícil de entender... Mas sorri sempre. Estava a ajudá-la! Senti-me muito bem com isso! Por poder ajudar, por ter usado a oportunidade de ajudar alguém, por essa pessoa ter aceite a minha ajuda e por ter dado bom resultado!
Esta rua é, particularmente, difícil porque tem 6 faixas para atravessar. Tens dois sentidos no meio, cada um com duas faixas. Nas laterais existe mais uma faixa de cada lado que é para quem pretende virar nos cruzamentos, como podem verificar abaixo, numa fotografia com pouco movimento. Deve ter sido tirada num domingo porque, em dias normais, mal se vê a estrada!
Para novatos torna-se mesmo difícil atravessar! É como neste vídeo... não podia vir mais a propósito!
Já tenho olhos a toda a volta da cabeça. E tem mesmo de ser! Aqui, passadeiras são só mesmo as zebras que vivem na Savanah. Não há respeito pelos peões. Nem há respeito pelos restantes carros, quanto mais... Sentido único é só para alguns. E sinal vermelho só funciona se não tiveres pressa... mas aqui tens sempre pressa. Chapa e tchopela são como ambulâncias ou carros de bombeiros em emergência: têm sempre prioridade. Portanto, atravessar uma rua significa, mesmo, correr risco de vida! Chegámos ao passeio, do outro lado e eu disse, com um sorriso:
- Já 'tá! - E a senhora, sorriu com mais que os dentes que tinha na boca (o que não era difícil).
- Ya, tatá!
Aqui percebi que ela pensou que eu estivesse a falar changana e tive pena de não o ter dito na verdade (porque não é meu hábito, porque nem me lembrei), mas sorri como se fosse, pois sabia o que queria dizer. "Tatá" significa "adeus".
No comments:
Post a Comment