Sunday, October 12, 2014

Dia 50 - 25 Setembro - Feriado, o mundo pára!

Hoje é feriado: Dia das Forças Armadas!
Foram muitas as comemorações por todo o lado. Passámos de carro perto do barco para o Katembe e havia milhares de polícias e autocarros que eu nunca tinha visto. Tudo preparado para alguma comemoração com o Presidente. Entretanto vê-se, por todo o lado, os cartazes para as "eleiçõns". Andam por todo o lado... muros e placares... está tudo forrado de cartazes em folhas A4. Não vou mostrar nada disso claro, mas isto vai perdurar até dia 15 de Outubro, dia de votar. Passeámos mas não havia muito a fazer já que está quase tudo fechado.

Eu e o JG fomos até à Costa do Sol. Fomos tomar um café ao centro comercial lá e fomos até ao final da estrada, já que eu nunca tinha ido até lá. Qualquer descrição que se faça será sempre muito pobre tendo em conta que dava para escrever um livro inteiro só do que se vê por ali. Mas posso abreviar um pouco. A estrada continua em obras e, por isso, os carros andam todos do mesmo lado, havendo apenas uma faixa para cada sentido, o que faz abrandar a marcha, e muito, vamos quase parados, paradinhos. De um lado temos casas lindas, umas mais modernas que outras, umas em construção, o centro comercial ou campo desbravado. Do outro tem o mar de fundo, depois um areal grande, as dunas e começa logo a estrada que está cortada ao trânsito. Esta paisagem está forrada de pessoas! Todos dançam ou balanceiam-se mesmo se não houver música. É algo muito forte nesta cultura, a necessidade/ vontade de dançar ou, simplesmente, mexer o corpo. Nas dunas estão grelhadores, algumas bancas, mesas e cadeiras de plástico e muito lixo. Também se encontram os carrinhos a vender água de côco. No areal costumam estar em rezas, ou alguns já "cos copos", em banhos ou, como diria o sogrinho, a "panar" já que só lá bem longe afunda mais que o joelho. Houve um dia que vimos um miúdo a treinar como o Karaté Kid à beira-mar, mas dentro de água mesmo.



Onde não passam carros estão muitos estacionados, alguns de portas abertas com música a bombar, com pessoal encostado ou a servirem de "tapa mijas", se é que me entendem... Eles, sem qualquer pudor, fazem onde lhes apetece, já elas, mais tímidas, escondem-se com as capulanas, fazendo delas uma espécie de tenda. Por baixo escorre um riozinho... E o cheiro característico é um misto de mijo, coberto de fumo, com uns queimados à mistura. Um autêntico festival! O que ali se passa são animações completas. Parece mesmo um festival de música! Gratuito, todas as semanas e com tudo a que um festival alternativo tem direito, o bom e o mau! Fazem a festa toda!

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