No primeiro dia a Gel saiu mais cedo porque não se sentia bem. Esperemos que fique boa depressa pois faz muita falta. Eu fiquei por casa e mergulhei em pesquisas psicológicas. À tarde aproveitei um vídeo do youtube e fiz uma aula de zumba sozinha.
À noite fiz o jantar. Bacalhau no forno com batatinhas assadas: postas de bacalhau demolhadas num pirex pronto a ir ao forno. Reguei com azeite e cortei dentes de alho (meia cabeça) em fatias grossas por cima. Descasquei umas batatas, cortei em 4 ou em 6 (depende do tamanho) e cozi um pouco, com sal. Não deixei muito tempo. Deixei-as no tacho com a água quente por mais um pouco, o que faz com que se poupe um pouco no gás. Só as coloquei com o bacalhau quando este já estava bem quente. Não tínhamos mas pode sempre (e deve) adicionar uns grelos/ couve/ brócolos cozidos. Ficou uma delícia.
No segundo dia a Gel continuou sem aparecer e não disse nada. Começo a estranhar... Claro que, de manhã, lavei logo a loiça de ontem e preparei o almoço para nós dois.
Na parte da tarde estive, profissionalmente, ocupada e segui directa para o sítio do costume onde acabámos por jantar. No final da semana é costume haver Karaok e foi o que assistimos. Mas hoje, foi um pouco mais triste pois foram feitas algumas homenagens ao recente amigo que perdemos por cá. Coincidência ou não, foi o mesmo dia que fez 7 anos que perdi o meu pai... para mim, foram momentos repletos de emoção, de saudade, de tristeza... Não que não o sinta todos os dias, porque sinto, mas há momentos em que ficamos mais frágeis... e este foi um deles...
Felizmente a noite continuou com animação para anuviar o ambiente e a festa terminou com uma música que me fez recuar ainda mais no tempo... aos meus tempos de liceu, essencialmente. As primeiras saídas à noite. A emoção de ser maior de idade (ou quase) e poder experimentar coisas até então proibidas por andarmos sempre na alça dos pais. Não que tenha feito grandes loucuras, fiquei-me pelo álcool que, ainda hoje, não acho grande piada a não ser um bom vinho numa refeição, uma long drink num bar ou uma sangria em noites quentes. Sou requintada! Mas a piada é poder usufruir de todos os nossos ensinamentos até então e podermos ser nós a fazer as nossas escolhas. Cabe a cada um escolher o melhor para si. Até porque, deixar de andar "debaixo de olho" é uma mera utopia disfarçada pelo nosso próprio deslumbramento.
Bem, a música foi a "Ana Júlia". Música com que a maioria dos bares terminavam as noites, em grande! E o pessoal vibrava de tal forma que ficávamos roucos! Pulávamos ao ritmo, cantávamos em êxtase e todos sabíamos a letra desta música. Quando terminava acendiam as luzes: sinal de que vão encerrar. E vínhamos embora animados e divertidos com uma sensação de missão cumprida após uma noite de pura diversão!
A casa chegámos mais tarde que o normal, já passava da 1h! Que maluquice!
No último dia fomos a pé até ao Maputo Shopping. Andámos um bom bocado mas só nos faz bem. Porque já me foi solicitado mais vezes, tirei uma nova fotografia aos vestidinhos das empregadas que muito se vende por cá em tantas esquinas.
O almoço foi num local que abriu recentemente, chama-se "Istambul" e é um espaço muito agradável. No final, ofereceram-nos um chá. Muito delicado e atencioso da parte deles. São estas pequenas diferenças que cativam qualquer pessoa.
Ainda fomos dar uma volta ao Mr Price, fomos às compras e, ao chegar a casa com as compras, o Gom veio ajudar-nos a descarregar o carro e a subir com os sacos. Ele é incansável e, embora tenha uma figura frágil e pequena, ele não se nega! No final, claro que lhe ofereci um copo de água! É impossível não sentir sede depois de tanto esforço. E mesmo que não sinta, o corpo precisa!
O resto do dia foi passado em casa e ficámos a saber novidades da Gel: está com malária. Por cá, infelizmente, é muito comum dadas as precárias condições que existem e em que a maioria das pessoas vive.
Gostei da foto das roupinhas! :D
ReplyDeleteTodo um post de recordações...