Segunda-feira é sempre o dia mais chato... Vens do descanso e queres continuar a descansar e a passsear e a não ter horários... e chega a segunda-feira que estraga tudo!
Acontece-me frequentemente ter insónias de domingo para segunda-feira, e foi o que aconteceu esta noite. Estive quase para me virar ao contrário... ah sim, tenho um truque para quando tenho insónias: Viro a cabeça para os pés e os pés para a cabeça. É tiro e queda! Funciona lindamente! No verão é perfeito, não tenho de me tapar... muito. No inverno é um pouco mais chato, mas nada melhor que dormir com aqueles edredons que não ficam presos no colchão... é só rodar! Et voilá!
Estas insónias são mesmo chatas, raramente tinha em Portugal a não ser quando havia muito calor. Aqui ainda não senti o calor dos 40 e tal graus e já tenho disto... alguém vai sofrer muito... Mas aqui parece que sinto comichão a toda a hora, sinto que o cabelo cai mais (tenho de tratar disso) e depois pica, sinto calor, depois frio, a almofada ora está baixa, ora está alta, sinto os músculos tensos e o pior... é a "xinfrineira" aqui da vizinhança que só ouves lá longe de olhos fechados! Parece que quando tenho os olhos abertos não os oiço com tanta frequência mas quando os fecho... ai ai ai... É pessoal que vive em barracas e que passa o tempo a beber... e não é água! Os homens trabalham, as mulheres ali ficam a tratar da comida, da roupa e da loiça. Há noite é forró até cairem p'ro lado! A maior parte das vezes até estão divertidos mas também se chateiam. Já andaram à pancada ali e tudo! Epa, matem-se, esfolem-se mas deixem-me dormir...
Escusado será dizer que acordei cheia de sono. Mas passa com a brisa da manhã. Noto que a cada dia tenho mais responsabilidades, o que é normal. Aqui, ao contrário de Portugal, começo logo a liderar uma equipa. Embora não seja a minha área é algo desafiante, especialmente por conhecer pouco os costumes e as formas de comunicação. Estou habituada a perceber as pessoas porque falamos todos a mesma língua. Aqui fala-se muito português mas também há muita gente que fala xangano. E é quando falam entre eles, nativos, que me sinto estrangeira. Mas é como tudo, as pessoas ficam muito entusiasmadas quando mostramos interesse em aprender. Mesmo o português por vezes é difícil compreender porque muita gente fala mesmo muito baixinho. E eu pergunto:
- Desculpa?! Não percebi...
E ficam com uma cara que parece que têm medo de repetir como se tivessem dito alguma asneira.
- Não ouvi, repete, por favor.
Lá repetem mas mais a medo!
Saber cumprimentar, despedir de alguém ou saber pedir alguma coisa é muito bom e faz parte da integração. E a isso é que eu considero saber estar fora do nosso país. Porque ir para fora e manter-me à parte não me faz sentir que pertnço aqui, não me faz sentir em casa.
Estas insónias são mesmo chatas, raramente tinha em Portugal a não ser quando havia muito calor. Aqui ainda não senti o calor dos 40 e tal graus e já tenho disto... alguém vai sofrer muito... Mas aqui parece que sinto comichão a toda a hora, sinto que o cabelo cai mais (tenho de tratar disso) e depois pica, sinto calor, depois frio, a almofada ora está baixa, ora está alta, sinto os músculos tensos e o pior... é a "xinfrineira" aqui da vizinhança que só ouves lá longe de olhos fechados! Parece que quando tenho os olhos abertos não os oiço com tanta frequência mas quando os fecho... ai ai ai... É pessoal que vive em barracas e que passa o tempo a beber... e não é água! Os homens trabalham, as mulheres ali ficam a tratar da comida, da roupa e da loiça. Há noite é forró até cairem p'ro lado! A maior parte das vezes até estão divertidos mas também se chateiam. Já andaram à pancada ali e tudo! Epa, matem-se, esfolem-se mas deixem-me dormir...
Escusado será dizer que acordei cheia de sono. Mas passa com a brisa da manhã. Noto que a cada dia tenho mais responsabilidades, o que é normal. Aqui, ao contrário de Portugal, começo logo a liderar uma equipa. Embora não seja a minha área é algo desafiante, especialmente por conhecer pouco os costumes e as formas de comunicação. Estou habituada a perceber as pessoas porque falamos todos a mesma língua. Aqui fala-se muito português mas também há muita gente que fala xangano. E é quando falam entre eles, nativos, que me sinto estrangeira. Mas é como tudo, as pessoas ficam muito entusiasmadas quando mostramos interesse em aprender. Mesmo o português por vezes é difícil compreender porque muita gente fala mesmo muito baixinho. E eu pergunto:
- Desculpa?! Não percebi...
E ficam com uma cara que parece que têm medo de repetir como se tivessem dito alguma asneira.
- Não ouvi, repete, por favor.
Lá repetem mas mais a medo!
Saber cumprimentar, despedir de alguém ou saber pedir alguma coisa é muito bom e faz parte da integração. E a isso é que eu considero saber estar fora do nosso país. Porque ir para fora e manter-me à parte não me faz sentir que pertnço aqui, não me faz sentir em casa.
À hora de almoço estávamos no shopping. Quando almoçamos lá podemos pedir comida de outros restaurantes que eles não se importam e ainda lá vão buscar para nos servir à mesa. Costumamos ir a um que, para variar, é de muçulmanos. Digo isto para vos explicar que aqui existem certas diferenças. Assim como há supermercados de muçulmanos que não vendem carne de porco nem bebidas alcoólicas, também há restaurantes ou outro tipo de comércio que, para que os muçulmanos possam frequentar, têm de ter uma espécie de uma licença: Halal. Se é halal podem lá ir.
Talvez assim se veja melhor...
Então aqui sabemos que não vendem bebidas alcoólicas e nunca vamos comer carne de porco vinda desta cozinha. O JG andava com apetites de comer um shoarma e pediu isso porque o restaurante do lado tem. O empregado que nos atendeu, por acaso até foi o que está na fotografia. Então ele foi perguntar o preço e voltou. Depois foi formalizar o pedido. Entretanto eu recebi o meu almoço. 15 minutos depois voltou ao restaurante do lado e trouxe os molhos, como se fizessem muita falta sem o resto, e informou que estaria quase. Mas até aqui tudo normalíssimo. Eu é que já tinha comido quase tudo e estava impaciente porque o JG nunca mais comia nada. Mais 15 minutos depois veio com o shoarmazito. Era uma coisa pequena, mas muito saborosa, por acaso. Claro que o molho branco era maionese, não era o maravilhoso molho de alho a que estamos habituados...
Chegámos estoiradinhos a casa ao final do dia... caminha!
Hasta mañana baby!
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